Quorum Sensing Humano, Consciência em Primeira Pessoa e a Arquitetura Tensional dos Eus
Quorum Sensing Humano, Consciência em Primeira Pessoa e a Arquitetura Tensional dos Eus
Um Convite à Pesquisa com EEG, NIRS e SpO₂
A Dinâmica do Controle Sistêmico
Vivemos tempos em que a percepção se fragmenta, os vínculos se digitalizam e a consciência parece se afastar do corpo. Em resposta a esse cenário, este texto propõe um novo paradigma neurocientífico e convida mestrandos e doutorandos a explorá-lo com profundidade e originalidade: o Quorum Sensing Humano (QSH) como base bioafetiva e relacional da formação dos eus — entendidos aqui como consciências vividas em primeira pessoa.
Consciência em Primeira Pessoa: O Sentimento como Eu

Quorum Sensing Humano, Consciência em Primeira Pessoa e a Arquitetura Tensional dos Eus
Na abordagem experiencial, a consciência em primeira pessoa surge diretamente da vivência do corpo em seu ambiente relacional. Os sentimentos não representam apenas algo sobre o mundo; eles são o próprio eu em ação. Cada sentimento configura um conectomas-dinamicos-metabolismo-existencial-e-saberes-decoloniais" target="_blank" rel="noopener noreferrer">metabolismo específico, com respiração própria, postura, ativação cerebral e sensação de direção. Assim, o sentimento vivido compõe a própria mente encarnada naquele momento.
Essa concepção está alinhada com a neurofenomenologia de Francisco Varela, com a mente corporal de António Damásio e com o Monismo de Triplo Aspecto de Alfredo Pereira Jr. Nessas perspectivas, o eu emerge como a expressão funcional de um corpo consciente em fluxo.
Cada sentimento configura um eu. Cada eu é uma forma viva de consciência.
Quorum Sensing Humano (QSH): A Sincronia Bioafetiva entre Corpos
Inspirado no quorum bacteriano, onde micro-organismos ajustam suas ações coletivas com base em moléculas sinalizadoras, o Quorum Sensing Humano atua como um sistema de sincronia sensorial e afetiva entre corpos vivos. Cheiros, ritmos cardíacos, respiração, voz, temperatura e microexpressões formam um campo de presença que regula a percepção de pertencimento.
Esse campo se organiza por meio de 12 sentidos, incluindo visão, audição, tato, propriocepção, interocepção, e o Pertencimento Humano — que atua como o 12º sentido, fundamental para sustentar vínculos e orientar a emergência dos eus.
Matriz dos Eus: Arquiteturas da Consciência Encarnada
Cada eu emerge como uma configuração tensional bidimensional, formada por duas forças dominantes que atravessam o campo sensorial expandido. Esses eus operam como ferramentas funcionais que guiam o fazer, ajustando o corpo ao contexto. A seguir, uma matriz inicial desses eus bioafetivos:
Matriz dos Eus - Arquiteturas da Consciência Encarnada
Cada uma dessas combinações representa uma forma sentida de consciência — um modo de ser plenamente experienciável e, com o avanço das neurotecnologias, plenamente mensurável.
Medições Neurofisiológicas com EEG, NIRS e SpO₂
As tecnologias disponíveis já permitem identificar as assinaturas corporais desses eus em tempo real:
* EEG permite capturar as transições elétricas entre estados de eu por meio de microstates, ritmos antecipatórios e padrões de acoplamento neural.
* NIRS registra variações de oxigenação associadas ao domínio de um eu específico. Cada eu impõe uma demanda cortical própria, criando fluxos compatíveis como uma graduação dentro da normalidade dos “gradientes de Depressão Cortical Propagada (CSD)” — sutis, localizados e interpretáveis como assinaturas de estados conscientes.
* SpO₂ atua como marcador complementar com alta sensibilidade para identificar prováveis estados de foco atencional. Faixas entre 94% e 97% costumam coincidir com maior estabilidade respiratória e engajamento corporal sustentado, sendo úteis para escrutinar estados de presença.
Essa tríade tecnológica proporciona o acesso direto às formas vivas da consciência-em-ato, sem reduzi-las à linguagem ou à introspecção isolada.
Consequências Epigenéticas do Quorum e dos Eus
Ambientes com vínculos consistentes promovem desenvolvimento saudável de eus e maior plasticidade epigenética. Ambientes de julgamento, desconexão ou sobrecarga digital geram eus instáveis, marcados por padrões de urgência, vergonha ou retração — muitas vezes refletidos na metilação de genes associados ao estresse e à inflamação.
Por isso, o Quorum Sensing Humano pode ser compreendido também como um ambiente epigenético coletivo, que molda biologicamente os corpos e suas consciências.
Convite à Pesquisa de Alta Originalidade
Estudantes de pós-graduação encontram aqui uma oportunidade de abertura e profundidade teórica para teses, dissertações e projetos:
* Estudos experimentais sobre os eus como padrões neurofisiológicos mensuráveis;
* Cartografias de consciência em primeira pessoa por EEG/NIRS/SpO₂;
* Protocolos de reabilitação de eus instáveis por meio de sincronia relacional;
* Criação de biointerfaces que amplificam sinais de pertencimento;
* Aplicações em educação, saúde mental, neurociência social e epigenética.
A Ciência do Sentir Começa no Corpo Vivo
A consciência não se separa do corpo. Os eus não aguardam explicações; eles se expressam no gesto, no tom, na respiração, no sangue que flui. Cada um carrega um modo de estar no mundo — único, situado, mensurável.
A ciência do presente e do futuro pode reconhecer essa riqueza. Através do uso cuidadoso das ferramentas já acessíveis, é possível construir uma neurociência viva, ética e encarnada.
Porque sentir é saber. E saber de si é metabolizar-se em presença.
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