César Noronha
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Ser inteligente é ser Feliz?

Uma breve análise entre felicilidade e inteligência

Idioma: Inglês | Português

Em nossa sociedade existe uma corrida desde antes da infância para adquirirmos inteligência. Nossos pais nos levam a comprar livros infantis, lego, e outros brinquedos que estimulem nossa interação com o estudo e o raciocínio. Em seguida nos colocam na escola e estudamos diversas disciplinas e até fazemos cursos extras. Aprendemos outros idiomas e intensificamos nossos estudos ao longo em que crescemos. Alguns não pensam sobre o porquê de fazer isso, outros acreditam que seja para atingirmos uma estabilidade no futuros e termos mais chances de ser felizes [1].

Mas será que adquirir inteligência e conhecimento garantem que iremos ser felizes? Será que as pessoas mais felizes são aquelas que possuem os melhores empregos ou os melhores currículos? ou que os países mais desenvolvidos são uma garantia de felicidade?

Para entender melhor essa pergunta Veenhoven e Choi comparam a felicidade relatada média de 143 países com a QI médio destes mesmo países (figura abaixo). Eles colocaram todos estes países em um gráfico que usava esses dois parâmetros como escala. eles encontraram uma correlação positiva entre os dois parâmetros com  r = +.605. O que indica que existe alguma relação entre felicidade e a Inteligência [2].

Felicidade e inteligência

Apesar do gráfico apresentar essa correlação, os países apresentam uma grande variabilidade. Inclusives países como Singapura (SG), Japão (JP), China (CN), Hong Kong (HK) e Coreia do Sul (KR) estão muito próximos entre si no gráfico e em uma posição peculiar. No gráfico estes 5 países estão apresentados como os países com a população que tem o maior QI, porém não estão entre os países que tem a maior taxa de satisfação de vida [2].

Estes 5 países estão entre os países mais industrializados do mundo, com o melhor nível de educação e desenvolvimento [3]. Porém não estão longe de apresentar o maior índice de felicidade entre os países analisados [2]. Isso pode indicar que apesar de existir uma correlação inteligência/felicidade, existam outros fatores que também são muito importantes para atingirmos a felicidade.

Eu acredito que a correlação entre inteligência e felicidade pode ser desenvolvida se essa inteligência for focada em mais de um tipo . Se o indivíduo buscar um trabalho em que tem que usar habilidades lógicas, linguísticas, intrapessoal, etc. ao mesmo tempo. Vários autores dividem a inteligência em várias subcategorias [4]. Eu divido ela em 9, as quais estão apresentadas a seguir:

  1. Lógica

    1. Educação financeira // previsões

  2. Linguística

    1. Comunicação

  3. Corporal-cinestésica

    1. Entender o corpo para comunicação

    2. Adquirir hábitos físicos

  4. Musical

    1. Repertório emocional // música como um antidepressivo // experiência com emoções

  5. Espacial

    1. Localização (escoteiros // jogos em terceira e primeira pessoa)

  6. Intrapessoal

    1. Controle emoções // autocrítica // Aprender a aprender

  7. Interpessoal

    1. Relacionamento social

  8. Naturalista

    1. Respeito ecológico // bioética

  9. Existencial

    1. Prospecção do futuro

Cada tipo de inteligência utiliza diferentes redes neurais. Acredito que ao utilizarmos diariamente várias dessas inteligências em proporções adequada, nos sentimos mais satisfeitos com o nosso dia a dia, ao mesmo tempo em que desenvolvemos paralelamente diferentes habilidades e evoluimos como individuos [5].

Por fim, a dica que dou para aqueles que procuram a felicidade é buscar um trabalho em que voce utilize muitas partes do seu ser ao executa-lo.


Referências:

[1] DEAL, Terrence E.; PETERSON, Kent D. Shaping school culture. John Wiley & Sons, 2016.
[2] VEENHOVEN, Ruut; CHOI, Yowon. Does intelligence boost happiness? Smartness of all pays more than being smarter. International Journal of Happiness and Development, v. 1, n. 1, p. 5-27, 2012.
[3] KING, Roger; MARGINSON, Simon; NAIDOO, Rajani (Ed.). Handbook on globalization and higher education. Edward Elgar Publishing, 2011.
[4] CAMPBELL, Linda; CAMPBELL, Bruce; DICKINSON, Dee. Teaching & Learning through Multiple Intelligences. Allyn and Bacon, Simon and Schuster Education Group, 160 Gould Street, Needham Heights, MA 02194-2315, 1996.
[5] BASS, Bernard M. Cognitive, social, and emotional intelligence of transformational leaders. In: Kravis-de Roulet Leadership Conference, 9th, Apr, 1999, Claremont McKenna Coll, Claremont, CA, US. Lawrence Erlbaum Associates Publishers, 2002.


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Jackson Cionek

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