Jackson Cionek
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O Metabolismo Existencial como Arquitetura da Consciência e da Ação

O Metabolismo Existencial como Arquitetura da Consciência e da Ação


Cada ação — cada Fazer — emerge de um eu metabólico-existencial, um estado psicofisiológico singular que surge da interação entre corpo vivo, território sensível, intenção adaptativa e campo informacional coletivo. Esse eu não é uma identidade fixa, mas uma configuração funcional do Ser, orientada por tensões corporais, padrões respiratórios, neuroquímica em curso e pela demanda relacional percebida.


O Eu é sempre um Fazer configurado por um metabolismo momentâneo.

O Ser é o fundo silencioso de onde os Eus emergem como gestos no mundo.


O Eu: Arquitetura Respiratória do Fazer


O Eu só se forma porque há um chamado do campo — uma necessidade percebida pelo corpo em seu entorno relacional. Esse chamado é mediado por um fenômeno ancestral: o Quorum Sensing Humano, mecanismo pelo qual os seres humanos sintonizam seus estados internos a partir de sinais neuroafetivos compartilhados: olhares, tons de voz, posturas, ritmos respiratórios, silêncio coletivo.


O Eu é uma frequência. Ele emerge quando o corpo vivo reconhece no campo uma vibração que demanda presença ativa.


Quando esse quorum é captado, o organismo adapta seu metabolismo — respiração, tensão, foco — ativando o eu mais funcional para aquele campo de pertencimento. O Fazer deixa de ser individual e passa a ser coerente com o grupo, com o tempo, com o lugar.


Pertencimento como Ativação do Eu Adequado


O Quorum Sensing Humano é um campo neurobiológico sensível:


Ínsula e córtex pré-frontal medial: captam sinais sociais e modulam o estado interno.


Sistema vagal social (Stephen Porges): integra face, voz e tônus corporal como sensores de segurança e conexão.


Oscilações teta e gama: favorecem sincronia intersubjetiva em contextos colaborativos (rituais, rodas, cantos).


Pertencer é respirar no ritmo do outro. É modular o próprio Ser para acolher e ser acolhido pelo campo.


Cada Eu é Metabolismo em Ação


O Eu é o modo como o Ser se torna gesto. Essa modulação é bioquímica: mudanças em CO2, O2, pH e ritmos respiratórios moldam a plasticidade neural. É como se cada respiração esculpisse um eu funcional: o "eu artista", o "eu guerreiro", o "eu cuidador".


Dinâmica Pedra-Papel-Tesoura dos Eus Funcionais

 Dinámica Piedra-Papel-Tijera de los Yoes Funcionales


A respiração guia qual rede domina. O corpo, ao respirar, escolhe o eu que vai conduzir o Fazer.


Ritmos Respiratórios como Chaves de Acesso

4-7-8: transição para criatividade.

Box Breathing (4-4-4-4): foco intenso.

Respiração abdominal profunda: favorece o retorno ao centro.


Respirar é modular a consciência. Cada ciclo respiratório é uma arquitetura do Ser.



Fundamentos Filosófico-Cognitivos

No Monismo de Triplo Aspecto (Alfredo Pereira Jr.):

Matéria = corpo

Energia = ação

Sentido = consciência integrada


Na Mente Damasiana:

Interocepção (sentimentos)

Propriocepção Estendida (Apus)

Exterocepção (campo coletivo)


O Ser é o campo unificado. Cada Eu é um avatar funcional treinado para um fazer.


Pertencimento e a Ilusão da Informação Compartilhada

O pertencimento emerge da percepção de sintonia com sinais sensíveis e significativos. Quando a desinformação se organiza em narrativas afetivamente coerentes, ela simula quorum. Mesmo com conteúdo falso, o corpo reconhece padrões e ativa o pertencimento.


A verdade biológica da experiência é menos determinante do que a coerência afetiva percebida.

Nesse contexto, o grupo se forma sobre um campo simbólico paralelo, criando um "quorum ilusório". O corpo se ajusta a ele: respira, foca e age de acordo com os sinais desse novo campo. A quebra ocorre quando o realinhamento é bloqueado: o indivíduo resiste a sair do campo ilusório por temor de perder o pertencimento.


Atenção Seletiva como Ruptura de Quorum

Atenção seletiva, como fones de ouvido ou hiperfoco digital, redireciona a percepção para fora do campo vivo. Mesmo em presença física, o corpo deixa de emitir sinais compatíveis com o grupo. O ciclo de pertencimento se interrompe.


A ausência de percepção leva à ausência de ressonância e de pertencimento funcional.

Patologias e a Quebra Bioquímica da Sintonia


Alzheimer: alterações no hipocampo e áreas prefrontais comprometem o reconhecimento social. A sintonia afetiva se dissolve.

Depressão maior: queda na dopamina e atividade da rede default mode. O indivíduo não percebe acolhimento nem integra os sinais do campo.

A depressão é uma quebra metabólica do pertencimento.



Síntese Integrada

Síntese Integrada

Implicações Éticas e Educacionais


Educação neuroafetiva: ensinar a ler e emitir sinais que restabelecem pertencimento real.

Tecnologias com quorum crítico: favorecer sistemas que promovem sintonia autêntica.

Cuidado clínico relacional: usar sinais sensíveis (voz, cheiro, toque) como mapas de recuperação da sintonia.

Conclusão: Respirar é Pertencer


A consciência é um ritual metabólico momentâneo. O corpo responde ao campo onde vive com um Eu adequado, ajustando seu gesto à vida coletiva.


O Ser pulsa em silêncio. Os Eus dançam conforme o campo.

O Ser que se deixa viver pelas trocas transforma o mundo.


Existential Metabolism as the Architecture of Consciousness and Action

El Metabolismo Existencial como Arquitectura de la Conciencia y la Acción

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Jackson Cionek

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