Jackson Cionek
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Na Busca de Sentido Fora de Si

Na Busca de Sentido Fora de Si

Na Busca de Sentido Fora de Si
Na Busca de Sentido Fora de Si

  1. A Projeção do Sentido no Outro
    Exploramos como, ao enfrentar o desconforto com nossas próprias crenças e identidades, frequentemente projetamos nossas tensões no mundo externo. Essa fuga pode levar à crítica exagerada dos outros, à imposição de nossas verdades ou à adesão a ideologias que mascaram conflitos internos. Como reconhecer e transformar essa projeção em autodescoberta?

  2. Crença e a Construção da Realidade
    Discutimos como as crenças moldam nossa interpretação dos dados da realidade. A crença não apenas seleciona informações que confirmam nossos pressupostos, mas também distorce nossa percepção, criando narrativas que reforçam nosso senso de controle e pertencimento.

  3. A Consolidação de Memórias no Sono
    Durante o sono REM, o cérebro reativa e reorganiza memórias episódicas, incorporando novas experiências às nossas narrativas pessoais. Já no sono NREM, memórias semânticas são consolidadas, contribuindo para o armazenamento de conhecimentos objetivos. Como esses processos transformam crenças e criam novas percepções?

  4. A Perda de Consciência Durante o Sono
    Mesmo quando estamos inconscientes em certos estágios do sono, o cérebro continua processando informações de forma ativa. Durante o sono NREM profundo, a "Mente Damasiana" (interocepção e propriocepção) opera sem a integração plena com áreas corticais associativas, resultando em um estado de percepção fragmentada. Como isso reflete nossa relação entre corpo e consciência?

  5. Viés na Construção do Conhecimento
    Nossas crenças pessoais, culturais e sociais afetam não apenas nossa percepção, mas também a ciência e a interpretação de dados. Abordaremos o impacto do viés de confirmação e do efeito de moldura cultural na forma como construímos e validamos o conhecimento, com exemplos históricos e científicos.

  6. A Busca de Sentido Como Transformação Pessoal
    Concluímos com uma reflexão sobre como a busca de sentido fora de si é, paradoxalmente, um convite à transformação interna. Reconhecer e desafiar nossas crenças é essencial para integrar o "Eu" e o "Nós", promovendo uma relação mais consciente e harmoniosa com o mundo.

    Por que fugimos de nossas próprias crenças?

    1. Medo de Incoerências Internas: Reconhecer que nossas crenças podem ser limitadas, contraditórias ou desatualizadas pode ser desconfortável. É mais fácil evitar essa reflexão ao focar nos outros.

    2. Necessidade de Pertencimento: O "Nós" (grupo, sociedade, cultura) muitas vezes define quem acreditamos ser. Questionar essas crenças pode nos fazer sentir desconectados ou ameaçar nosso senso de identidade coletiva.

    3. Efeito do Conforto Cognitivo: Revisitar crenças e mudar hábitos requer esforço e energia mental. O cérebro prefere atalhos que confirmem o que já acreditamos.

    4. Projeção Psicológica: Ao identificar nos outros aquilo que evitamos confrontar em nós mesmos, projetamos nossas angústias e fraquezas, criando uma falsa sensação de controle.

    Como evitar essa fuga?

    1. Praticar a Autorreflexão: Pergunte-se frequentemente: Estou reagindo ao que vejo nos outros ou ao que tento evitar em mim?

    2. Desconstruir o "Nós": Entender que a identidade coletiva pode ser uma força, mas também uma prisão, permite que você transite entre ser parte do grupo e ser um indivíduo autônomo.

    3. Aceitar a Incerteza: Reconheça que nem tudo precisa ter uma resposta definitiva ou absoluta. As crenças podem ser transitórias, adaptáveis e mutáveis.

    4. Focar na Transformação Interna: Ao invés de tentar mudar os outros, olhe para o impacto que suas atitudes e crenças têm sobre si mesmo e sobre o mundo.

    Essa jornada de enfrentamento e transformação é o que, no fundo, permite evoluirmos como indivíduos e como sociedade, integrando o "Eu" e o "Nós" de maneira mais harmoniosa e consciente.

    Por que isso acontece?

    1. Necessidade de Propósito: Sem um propósito claro para si, é comum buscar significados externos, como a ideia de "ser útil" para os outros.

    2. Projeção de Inseguranças: O medo de enfrentar questões internas pode levar à externalização, como forma de evitar o confronto com o vazio.

    3. Ciclo de Deslocamento: Ao viver para os outros, perpetua-se a sensação de que o valor pessoal está ligado a fatores externos e não ao autoconhecimento.

    Riscos Deste Comportamento

    Desgaste Emocional: Concentrar-se exclusivamente nos outros pode levar à exaustão mental e emocional.

    Negligência Pessoal: Deixar de cuidar de si mesmo aumenta o vazio existencial.

    Conflitos Relacionais: A interferência excessiva nas vidas dos outros pode gerar resistência ou até afastamento.

     
    Sono e  Áreas com Maior Atividade na Perda de Consciência

    1. Córtex Somatossensorial:

    Durante os estados de sono profundo (NREM), as áreas somatossensoriais apresentam atividade relacionada à interocepção, mas de maneira menos integrada à consciência.

    2. Regiões Subcorticais (Hipotálamo e Tronco Cerebral):

    Essas áreas permanecem ativas para regular funções vitais, como respiração e controle cardíaco, mas não participam da construção da consciência plena.

    3. Ondas Lentas e Sincronização Neural:

    Durante o sono NREM profundo, predominam ondas delta de baixa frequência, que indicam alta sincronização entre neurônios, mas com atividade reduzida em termos de processamento consciente.

    Sono REM e "Recuperação" da Consciência

    Durante o sono REM, algumas áreas ligadas à consciência começam a reativar:

    Córtex Associativo e Límbico: Áreas como o hipocampo e a amígdala mostram alta atividade, favorecendo sonhos e narrativas emocionais.

    No entanto, a baixa atividade do CPFdl mantém o estado onírico desconectado de uma consciência crítica e lógica.

    No estágio NREM-3 (também conhecido como sono de ondas lentas ou sono profundo), o principal processo observado é a "lavagem cerebral", ou seja, a limpeza do cérebro através do sistema glinfático. No entanto, isso não significa que não há consolidação de memória — apenas que a função de consolidação é mais limitada e especializada.

    Consolidação de Memórias no NREM-3

    No NREM-3, ocorre:

    1. Consolidação de Memórias Declarativas (semânticas e episódicas):
      Há uma integração de informações importantes aprendidas recentemente com conhecimentos pré-existentes. No entanto, essa consolidação é menos ativa no NREM-3 do que nos estágios mais leves (NREM-1 e NREM-2).

    2. Integração Sistêmica:
      Memórias que já passaram por uma pré-consolidação nos estágios anteriores (NREM-1 e NREM-2) podem ser redistribuídas do hipocampo para o córtex, tornando-se mais estáveis e duradouras.


    Lavagem Cerebral no NREM-3

    O NREM-3 é crucial para a "manutenção" do cérebro:

    1. Ativação do Sistema Glinfático:
      Durante o sono profundo, o fluxo de líquido cefalorraquidiano aumenta, ajudando a remover resíduos metabólicos acumulados, como proteínas beta-amiloide e tau (relacionadas a doenças neurodegenerativas como Alzheimer).

    2. Redução de Atividade Neuronal:
      A sincronização das ondas lentas (delta) promove um estado de baixa atividade neural, que é essencial para a "recarga" metabólica e a recuperação celular.


    Aqui está uma análise estruturada para explorar a ideia de que no REM se flexibiliza que memórias semânticas entram ou não no jargão de uma crença ou memória episódica. Já no NREM 1 e 2 o foco é gravar informações semânticas e ou episódicas:


    NREM 1 e 2: Foco na Gravação de Informações

    • Gravação de Memórias Semânticas e Episódicas:
      Nos estágios NREM-1 e NREM-2, o cérebro prioriza o processamento inicial e a estabilização de novas memórias.

      • Memórias semânticas (fatos, conceitos, informações) são codificadas no córtex cerebral, conectando-se a redes já existentes.

      • Memórias episódicas (experiências vividas) começam a ser integradas, mas ainda estão fortemente dependentes do hipocampo.

    • Atividade Neural e Ondas Teta:
      Os padrões de ondas teta, observados nesses estágios, estão associados ao aprendizado e à codificação inicial das memórias.

    • Propósito:
      Esses estágios funcionam como um "preparador" para as memórias, criando uma base que será refinada nos estágios seguintes, incluindo o REM.


    REM: Flexibilização e Organização

    • Flexibilização de Memórias:
      Durante o sono REM, o cérebro revisita e reorganiza as informações previamente gravadas nos estágios NREM.

      • Memórias Semânticas: O REM ajuda a decidir quais informações semânticas se conectam a crenças ou entram em narrativas mais amplas.

      • Memórias Episódicas: Algumas experiências podem ser recontextualizadas, fragmentadas ou até mesmo "reclassificadas" como parte de crenças ou ideias consolidadas.

    • Integração com Crenças:
      O REM é conhecido por sua alta atividade cerebral, especialmente em áreas como o sistema límbico e o córtex associativo. Essa atividade favorece:

      • Reconstrução narrativa: Memórias episódicas podem ser associadas a crenças, ajustando sua interpretação emocional e seu significado.

      • Flexibilização semântica: Informações semânticas podem ser priorizadas ou descartadas, dependendo da sua relevância para sistemas de crenças ou objetivos pessoais.

    • Sonhos e Simulações Mentais:
      Os sonhos no REM podem servir como "simulações" que testam a validade das crenças ou exploram alternativas, ampliando a compreensão do mundo.


    Resumo: Papel dos Estágios

    1. NREM-1 e NREM-2:

      • Foco em gravar e estabilizar memórias semânticas e episódicas.

      • Processos dominados por padrões iniciais de codificação e reorganização básica.

    2. REM:

      • Foco em flexibilizar e integrar memórias em crenças ou narrativas mais amplas.

      • Processos dominados por revisitação, reinterpretação e simulação.


    Esse modelo reforça a ideia de que os diferentes estágios do sono têm papéis complementares: os estágios NREM preparam a matéria-prima (informações e memórias), enquanto o REM organiza essa matéria em sistemas de crenças, narrativas e interpretações adaptativas.

     Na Busca de Sentido Fora de Si

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