D Machado
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Atividade física e saúde mental: como pedalar pode melhorar suas emoções?

Atividade física e saúde mental: como pedalar pode melhorar suas emoções?

A saúde mental é um tema cada vez mais discutido nos dias atuais. As pessoas têm reportado achar que é mais difícil viver nos dias atuais do que foi no passado. Isso se dá a diversos fatores, como o estresse nas médias e grandes cidades (e.g.  trânsito, violência, etc.), pressões relacionadas ao trabalho/estudo, competitividade em diversos setores, dentre outros.




De fato, um estudo de revisão sistemática e meta-análise avaliando a prevalência global de desordens mental entre 1980 e 2013 apontou que um em cada 5 adultos (17,6%) experienciou alguma desordem mental comum nos últimos 12 meses e um em cada três indivíduos (29,2%) ao longo da vida. Além disso, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 20% das crianças e adolescentes no mundo sofrem de alguma desordem mental. Alarmantemente, cerca de 800.000 pessoas cometem suicídio por ano, além de que as doenças de ordem mental são fatores de risco importante para outras doenças e lesões intencionais e não intencionais (https://www.who.int/features/factfiles/mental_health/en/). Recentemente, a OMS tem tentado criar estratégias para o combate aos problemas de saúde mental, como o Plano de Ação para Saúde Mental 2013-2020 (https://www.who.int/mental_health/action_plan_2013/en/).

Nesse sentido, é cada vez maior o número de estudos que buscam entender os efeitos da atividade física no cérebro, cognição e saúde mental. Um desses estudo, publicados recentemente, avaliou a associação entre a atividade física e saúde mental com mais de 1.200.000 indivíduos nos Estados Unidos entre 2011 e 2015. Esse estudo mostrou que os indivíduos que se exercitavam tiveram 43,2% menos dias com pobre saúde mental no último mês do que os indivíduos que não se exercitaram. Interessantemente, todas as formas de exercício foram associadas com uma menor ocorrência de problemas de saúde mental (redução entre 11,8% e 22,3%).

As maiores reduções foram vistas para esportes coletivos populares (22,3%), ciclismo (21,6%) e atividades aeróbias e de academia (20,1%), com duração de aproximadamente 45 minutos e frequência de 3 a 5 vezes por semana (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30099000).







Esses efeitos comportamentais são resultado das mudanças promovidas pelo exercício, não apenas no nosso corpo (do pescoço para baixo), mas também no nosso cérebro. Isso envolve regulação de neurotransmissores, aumento do fluxo sanguíneo, criação de novos neurônios e novos vasos sanguíneos no cérebro. Tudo isso resulta em um melhor funcionamento do cérebro e também do nosso ser, ajudando a regular as nossas emoções. Alguns autores propões que o exercício é a única "polipílula" real (
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23997192)




Se você se interessa por esse tema, o canal GCN (Global Cycling Network) recentemente fez uma matéria superinteressante sobre como pedalar (ciclismo) pode melhorar sua saúde mental. Dá uma conferida no vídeo abaixo:

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Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States