Jackson Cionek
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Vieses e Ruídos na Intuição Humana

Vieses e Ruídos na Intuição Humana

Biases and Noise in Human Intuition
Biases and Noise in Human Intuition

Combinando as ideias de Anil Seth sobre percepção e de Daniel Kahneman sobre vieses e ruídos, podemos usar a metacognição e a fruição para melhor entender e mitigar as distorções em nossa intuição e tomada de decisão. Essa abordagem nos encoraja a ser mais reflexivos, críticos e apreciativos de nossos processos mentais, levando a uma compreensão mais precisa e enriquecedora da realidade.


Ao longo das interações com baixo senso crítico (com Indignação, Culpa, Medo ou Desejos), desenvolvemos Muralhas Semióticas de Percepções


Se sua interação foi com Facebook ou Youtube (com algoritmos) essa muralha é tipo Transcendência Espiritual na Toca do Coelho: Você estará vendo e percebendo coisas com fina peculiaridade pessoal e terá orgulho pessoal de assim estar agindo.

Abaixo uma ideia geral do que Anil Seth e Daniel Kahneman falam sobre como construímos nossas percepções com Vieses: A sua Consciência é o Viés da sua Percepção

Anil Seth, um neurocientista cognitivo e professor de Neurociência Cognitiva e Computacional, é conhecido por suas pesquisas sobre consciência e percepção. Uma de suas ideias centrais é que nossa percepção do mundo é menos sobre a recepção passiva de informações e mais sobre a construção ativa de previsões sobre o que pode ser.

Daniel Kahneman, um psicólogo renomado e ganhador do Prêmio Nobel de Economia, tem contribuído significativamente para nossa compreensão dos vieses cognitivos e do papel do ruído na intuição humana. Seu trabalho aborda como as decisões humanas são frequentemente influenciadas por padrões de pensamento automáticos e não racionais, bem como por variabilidades inconsistentes (ou "ruídos") nas percepções e julgamentos. 


Kahneman, juntamente com seu colega Amos Tversky, desenvolveu a teoria das heurísticas e vieses, mostrando como as pessoas frequentemente usam atalhos mentais que podem levar a erros de julgamento.

Sistema 1 e Sistema 2: Em seu livro "Pensando, Rápido e Devagar", Kahneman descreve dois sistemas de pensamento: Sistema 1 (rápido, intuitivo e emocional) e Sistema 2 (mais lento, deliberativo e lógico). Ele argumenta que o Sistema 1 frequentemente domina, levando a vieses na tomada de decisão.

Além dos vieses cognitivos, Kahneman também explora o conceito de "ruído", referindo-se à variabilidade aleatória nas decisões e julgamentos. Mesmo em condições semelhantes, diferentes pessoas (ou a mesma pessoa em momentos diferentes) podem tomar decisões variadas.

Kahneman destaca como o ruído pode ter um impacto significativo em ambientes organizacionais e no sistema judiciário, onde a consistência é crucial.

O reconhecimento de vieses e ruídos pode levar a melhores práticas na tomada de decisão, tanto individualmente quanto em organizações.

Há um crescente interesse em treinar pessoas para reconhecer e contrabalançar seus vieses e o ruído em seu pensamento, a fim de tomar decisões mais racionais e justas.

Os estudos de Kahneman demonstram a complexidade da mente humana e desafiam a noção de que somos sempre racionais e consistentes em nossos julgamentos e decisões. Seu trabalho continua a influenciar uma ampla gama de campos, incluindo psicologia, economia, negócios e direito.

Anil Seth argumenta que o cérebro constantemente cria e atualiza modelos internos do mundo. A percepção ocorre quando o cérebro tenta prever a entrada sensorial com base nesses modelos.

"Alucinações Controladas" é uma percepção normal onde o que percebemos é uma combinação de nossas expectativas e a realidade sensorial.

Nossas experiências passadas, conhecimento, e expectativas influenciam significativamente como interpretamos as informações sensoriais.

Esta abordagem enfatiza a natureza subjetiva da realidade percebida. Cada pessoa pode experimentar o mundo de maneira ligeiramente diferente, com base em seus modelos preditivos únicos.

As ideias de Seth oferecem insights sobre como a consciência emerge. A consciência é vista como intimamente ligada à forma como interpretamos e prevemos nossa experiência.

Compreender a percepção como previsão pode ter implicações para entender e tratar condições como alucinações e outros transtornos perceptivos.

Essa abordagem desafia a visão tradicional de que nossos sentidos são meramente receptivos, sugerindo um papel mais ativo do cérebro na formação da nossa experiência subjetiva.

Anil Seth contribui para uma compreensão mais profunda de como percebemos a realidade, propondo que a percepção é um processo ativo de previsão baseado em modelos internos. Esta visão tem implicações significativas para nossa compreensão da consciência, da experiência subjetiva e do tratamento de distúrbios perceptivos.


A metacognição e a Fruição, ou a capacidade de refletir sobre e apreciar nossos próprios processos mentais, desempenham um papel crucial nesse processo. 

Metacognição: Reflexão sobre o Pensamento

Kahneman mostra que somos frequentemente sujeitos a vieses inconscientes em nosso pensamento. A metacognição nos permite reconhecer e questionar esses vieses, promovendo uma tomada de decisão mais equilibrada.

A teoria de Seth sobre a percepção como previsão sugere que nossa experiência do mundo é uma interpretação ativa, não apenas uma recepção passiva de informações. A metacognição pode nos ajudar a entender como nossas expectativas e experiências passadas moldam nossa percepção.

Fruição: Apreciação da Experiência

Valorizar Diferentes Perspectivas: Ao entender que a percepção é subjetiva (como proposto por Seth), podemos aprender a valorizar diferentes perspectivas e experiências, o que é essencial para mitigar vieses.

A fruição em aprender e descobrir pode nos encorajar a buscar informações que desafiem nossos modelos preditivos e vieses, levando a uma compreensão mais rica e matizada do mundo.

A metacognição nos permite questionar ativamente nossas intuições e julgamentos. Isso é particularmente importante em situações onde o "ruído" identificado por Kahneman pode distorcer nossa percepção e decisão.

Reconhecendo que nossas percepções são previsões baseadas em modelos internos, podemos nos esforçar para reavaliá-las constantemente à luz de novas informações.

Técnicas específicas de metacognição, como a checagem de realidade e a reflexão deliberada, podem ser desenvolvidas para contrabalançar os vieses intuitivos e o ruído na tomada de decisão.

Incorporar treinamento em metacognição e fruição pode ser benéfico em ambientes educacionais e profissionais para melhorar a tomada de decisão e o pensamento crítico.

Compreender como a percepção e a intuição podem ser distorcidas pode ajudar no tratamento de transtornos psicológicos e no aprimoramento do bem-estar mental.

 
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Jackson Cionek

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