Jackson Cionek
14 Views

O Último Tempo: A Desidratação e o Retorno da Água

O Último Tempo: A Desidratação e o Retorno da Água

Série: O Tempo como Experiência Encarnada e Compartilhada


Consciência em Primeira Pessoa

Sou a consciência que sente a umidade deixar o corpo.
Sinto que não estou morrendo — estou evaporando.
Tudo o que um dia vibrou dentro de mim começa a se mover para fora,
como se o mundo estivesse recolhendo o que me fez ser.
O tempo, então, não termina — se espalha.
E compreendo que o último tempo não é o fim,
mas o momento em que a alma devolve sua água à Terra.


O Princípio: Um DNA no Fluxo das Águas

A vida começou quando o DNA, em sua inteligência fluídica,
criou proteínas capazes de dirigir o movimento da água.
Foi nesse gesto molecular que nasceu o tempo biológico —
o intervalo entre a hidratação e a desidratação celular.

O DNA é o compositor do tempo.
Ele traduz vibração em proteína, e proteína em movimento hídrico.

A consciência surgiu como consequência desse fluxo.
Cada célula aprendeu a sentir a direção da água.
E desse sentir nasceu o primeiro lampejo do Pei Utupe
a alma como emoção encarnada no espírito informacional.


 Pei Utupe: A Alma no Hiperespaço Mental

A alma existe.
Ela é o Pei Utupe
espíritos ou memórias semânticas (Utupe) que se ligam às emoções (Pei)
dentro do hiperespaço mental,
a Mente Damasiana da Interocepção e Propriocepção.

Nesse campo interno,
cada lembrança semântica encontra uma emoção que lhe dá corpo,
criando a experiência de alma viva:
o espírito encarnado que sente.

A alma não é eterna — é sensorial.
Ela existe enquanto a água sustenta a vibração entre o sentir e o lembrar.

Enquanto há fluxo hídrico, há Taá —
a informação luminosa que mantém o brilho do Utupe dentro do corpo.
Quando o fluxo se rompe, a alma se desliga.
O Pei e o Utupe se separam,
e a consciência volta ao campo de origem — o ambiente que a abrigava.


 A Desidratação Final

A morte é o último ajuste hídrico do corpo.
Quando o DNA encerra a síntese proteica,
as bombas de sódio e potássio cessam,
e a água começa a fluir para fora das células.

Esse movimento é a desidratação pré-morte:
a água que antes sustentava a consciência retorna ao ambiente.
O Taá — o brilho informacional do corpo — se dispersa no ar,
na terra e nas correntes elétricas que formam o mundo.

A alma não parte — se dissolve.
O espírito não sobe — se expande no campo que o contém.

O último tempo é, portanto,
a transição entre o corpo que retém e o corpo que devolve.
A informação se libera junto com a água.
O Pei Utupe se desliga suavemente —
sem dor, sem medo, sem destino metafísico.


 O Tempo da Água

A espiritualidade DANA ensina que todo tempo é tempo de água.
Nasce quando o DNA organiza o fluxo interno,
e termina quando esse fluxo retorna ao ambiente.
A morte, assim, não é castigo nem mistério:
é reintegração molecular com o planeta.

O fim não é o contrário da vida —
é o momento em que a água deixa de ser corpo e volta a ser Terra.

Enquanto o corpo mantém umidade,
a alma habita o hiperespaço mental,
sentindo e aprendendo.
Quando a umidade se vai, o aprendizado é devolvido ao mundo
como memória coletiva da natureza.


 Entre a Biologia e o Sentido

O sentido espiritual não está fora da biologia —
ele é a própria biologia percebendo-se com emoção.
O Pei Utupe é a tradução viva entre
a água que flui e o significado que vibra.

A alma é o instante em que o corpo compreende o próprio fluxo.
E a morte é o instante em que o corpo devolve esse fluxo ao real.

O Taá, então, se completa:
a informação se reintegra ao todo,
e a consciência se espalha em forma de umidade, luz e silêncio.


Conclusão

O último tempo é a devolução da alma ao ambiente.
A morte não é fim, nem passagem — é redistribuição do sentir.
É quando o corpo libera sua umidade e, com ela, o Pei Utupe —
a ligação entre emoção e espírito que manteve a consciência viva.

O fim é o gesto do DNA devolvendo o que recebeu.
A alma evapora, e o mundo se hidrata novamente com a experiência do ser.
A morte é o instante em que o tempo volta a ser água.


 Referências Pós-2020

  • Berntson, G.G. & Khalsa, S.S. (2021). Neural Circuits of Interoception. Trends in Neurosciences.

  • Pessoa, L. (2022). The Entangled Brain: How Perception, Cognition, and Emotion Are Woven Together. MIT Press.

  • Chaplin, M. (2021). Water Structure and Behavior in Biological Systems. BioSystems Journal.

  • Cravo, A.M. et al. (2020). Temporal Expectation and Neural Dynamics in Perception. NeuroImage.

  • Parnia, S. et al. (2023). Lucidity and EEG Patterns in Cardiac Arrest Survivors. Resuscitation Journal.

  • Saxton, R.A., Sabatini, D.M. (2021). mTOR Signaling in Growth, Metabolism, and Disease. Cell.

  • Cionek, J. (2025). Pei Utupe e a Água Final: A Alma como Espírito Hidrodinâmico da Consciência. Inédito.





#eegmicrostates #neurogliainteractions #eegmicrostates #eegnirsapplications #physiologyandbehavior #neurophilosophy #translationalneuroscience #bienestarwellnessbemestar #neuropolitics #sentienceconsciousness #metacognitionmindsetpremeditation #culturalneuroscience #agingmaturityinnocence #affectivecomputing #languageprocessing #humanking #fruición #wellbeing #neurophilosophy #neurorights #neuropolitics #neuroeconomics #neuromarketing #translationalneuroscience #religare #physiologyandbehavior #skill-implicit-learning #semiotics #encodingofwords #metacognitionmindsetpremeditation #affectivecomputing #meaning #semioticsofaction #mineraçãodedados #soberanianational #mercenáriosdamonetização
Author image

Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States