Jackson Cionek
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O Dia Como Função - A Noite Como Significado

O Dia Como Função - A Noite Como Significado
Fechar para Fazer, Abrir para Ser


 

O foco atencional sustentado está associado a alterações sutis nos níveis de dióxido de carbono (CO₂) e oxigênio no sangue (SpO₂). Vamos detalhar isso com base em evidências neurofisiológicas:

Foco Atencional e CO₂ / SpO₂: O Que a Ciência Mostra

1. CO₂ (Dióxido de Carbono)

Níveis levemente aumentados de CO₂ arterial (PaCO₂) — dentro da faixa de 40 a 45 mmHg — estão associados à melhora na perfusão cerebral, especialmente no córtex pré-frontal.

Um leve aumento de CO₂ induz vasodilatação cerebral, aumentando o fluxo sanguíneo local e, assim, otimizando o suprimento energético necessário para tarefas cognitivas de atenção.

Acima de 45 mmHg, há risco de sonolência e confusão, ou seja, hipercapnia prejudica a função cognitiva.

2. SpO₂ (Saturação Periférica de Oxigênio)

O foco atencional sustentado pode ocorrer mesmo com uma leve queda fisiológica de SpO₂ para 94–96% (em repouso normal é entre 97–99%).

A queda leve na oxigenação não prejudica a cognição, e pode refletir maior extração de oxigênio pelas mitocôndrias nos neurônios ativos.

Atenção: Hiperventilação e Hipocapnia

Respirar demais (hiperventilação) diminui o CO₂ (PaCO₂ < 35 mmHg), causando vasoconstrição cerebral, com redução no fluxo sanguíneo e diminuição da atenção.

Isso explica por que técnicas como respiração lenta ou nasal ajudam a manter foco — elas evitam a perda de CO₂.

Resumo Técnico:
Parâmetro Ideal para foco atencional
PaCO₂ (dióxido de carbono arterial) 40–45 mmHg
SpO₂ (oxigênio periférico) 94–98% (não menor que 92%)

O Dia Como Função A Noite Como Significado - Fechar para Fazer, Abrir para Ser
O Dia Como Função A Noite Como Significado - Fechar para Fazer, Abrir para Ser

Vivemos em um mundo que exige produtividade, foco, entrega — muitas vezes à custa do nosso próprio corpo. Para dar conta, desenvolvemos estratégias inconscientes: fechamos a respiração, enrijecemos a musculatura, comprimimos os órgãos. O "fazer" cobra seu preço. Mas há um momento, silencioso e essencial, em que o corpo pede para ser ele mesmo: o sono.


Mente Damasiana: Sentir é Estar Vivo


A Mente Damasiana — fundamentada nas ideias de Antonio Damasio — nos lembra que consciência é o corpo percebendo a si mesmo em movimento. Somos, portanto, interocepção (percepção visceral) e propriocepção (percepção postural e espacial).


É por essas vias que os sentimentos ganham forma: um calor no peito, um nó no estômago, uma tensão no pescoço. O sentimento não é só emoção: é **metabolismo sentido**. E cada novo sentimento pode **superar ou suprimir** o anterior, assim como o limiar de dor muda ao longo do dia — toleramos mais durante o dia, mas à noite, o corpo cobra o que foi silenciado.


Fechar para Fazer: O Corpo como Armadura de Função


Durante o dia, "fechamos" o corpo para fazer o que deve ser feito. Isso envolve:


  Tensões posturais para manter a presença e a autoridade;

  Pressões viscerais para conter emoções;

  Supressão da dor em nome da eficiência.


Esse processo é vital: sem ele, não sobreviveríamos ao cotidiano. Mas não podemos permanecer nele o tempo todo.


 Abrir para Ser: O Sono como Ritual de Retorno


Ao adormecer, o corpo retoma o sentir interrompido.

É no sono — principalmente durante as fases de ondas lentas e REM — que o corpo processa, digere e reintegra o que foi comprimido.


As ondas alfa liberam o corpo do comando motor, permitindo que o sentir venha à tona;

 A propriocepção onírica reorganiza mapas somatossensoriais;

 As tensões não concluídas encontram resolução ou transformação.


Nesse ritual, não somos mais o sujeito do "fazer", mas o território do "ser". Um corpo vivo, pulsante, inteligente, em autocura.


O Dia Como Função, a Noite Como Significado


 Fechar para fazer é necessário, mas abrir para ser é vital.

Nossa saúde depende desse ciclo: ação e descompressão, tensão e liberação, foco e entrega, sono e cura.


A Mente Damasiana nos mostra que não somos só o que fazemos — somos, antes de tudo, um fluxo de sentir que precisa ser escutado.


O Ritual de Sono: Onde o Corpo Sente Que Não Precisa Mais Lutar

Antes de dormir, podemos iniciar o retorno ao Ser com um pequeno ritual:

movimentos lentos, alongamentos suaves e atenção plena às tensões que carregamos.


Ao escanear o corpo — da planta dos pés ao couro cabeludo — percebemos que cada tensão foi moldada por um sentimento útil para alguma tarefa. Um sentimento de alerta molda ombros rígidos. Um sentimento de urgência prende a respiração. Um sentimento de autocobrança firma o maxilar.


Mas no silêncio da noite, esses sentimentos deixam de ser necessários.

O corpo, quando respeitado em sua inteligência somática, começa a sinalizar:

"aqui você já pode soltar",

"aqui a tensão já cumpriu sua função".


É nesse momento que seu conceito se revela com profundidade:


O Ser não muda.

O que muda é o ser que percebe as mudanças feitas.


Ou seja: não somos a sucessão dos sentimentos, mas a consciência estruturada dentro de um sentimento que, ao mudar, altera nossa percepção de nós mesmos.

Cada sentimento tem sua eficiência em certos afazeres espaciais — como um software corporal momentâneo. Quando não há mais tarefa, o software desliga, e com ele as tensões que o sustentavam.


Assim, o sono não é apenas repouso.

É o processo fisiológico e espiritual de desmontar os sentimentos que já não operam — para que o corpo volte ao seu Ser: presente, íntegro, vivo.

Day and Night - Your Body in Action and at Rest

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Fechar para Fazer e Abrir para Ser

Memórias Emocionais Pressão Visceral Respiração Contida e Produtividade - 478

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New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States