Jackson Cionek
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NIRS EEG - O Onde e O Que no Cérebro

NIRS EEG -  O Onde e O Que no Cérebro


Neurociência e o Dilema da Localização versus Função

Na investigação das funções cerebrais, neurocientistas lidam com um dilema epistemológico clássico: mapear com precisão espacial (o onde) versus compreender com sensibilidade funcional (o que está ocorrendo no tempo).


O fNIRS (Near Infrared Spectroscopy) oferece boa resolução espacial (~3 cm), detectando alterações hemodinâmicas associadas à ativação cortical.


É ideal para observar o onde a consciência modifica o território biológico, mas não é sensível ao que está acontecendo no instante exato.


Referência: Scholkmann et al., NeuroImage, 2014.


O EEG (Eletroencefalografia), por sua vez, fornece alta resolução temporal (milissegundos), captando oscilações elétricas que mostram o que está sendo processado em tempo real, mas sem precisão anatômica.


Referência: Luck, S. J., An Introduction to the Event-Related Potential Technique, 2014.


O Que e o Onde como Expressões do Ser e Estar

1. Ser como Espaço de Integração

(Propriocepção Estendida / Apus)


O Ser é a totalidade viva, enraizada, contínua — um campo integrador que é, antes de fazer.


Em seu modelo, o Ser emerge da propriocepção estendida — o vínculo entre corpo e território, como nos Apus (montanhas vivas e ancestrais), onde o Ser se reconhece em sua amplitude espacial e ancestral.

Na neurociência, esse campo pode ser comparado a conectomas dinâmicos, especialmente em abordagens de:


Coerência hemodinâmica por fNIRS,


fMRI em estado de repouso (resting-state networks),


e modelagens que observam o cérebro como território sincronizado, e não apenas reativo.


O “Onde” está relacionado à configuração espacial do Ser. O Ser não acontece no tempo — ele sustenta o espaço de onde todos os Eus podem emergir.


2. Estar como Ocorrência Focal

(Ação de Eus / Tarefas / Mente Damasiana)


O Estar é a emergência temporária de um Eu que faz — uma função ativada por hábitos, afetos e contextos.


O EEG capta exatamente isso:


Ondas de atenção, erro, tomada de decisão, memória, etc.


Uma transdução elétrica da função cerebral, o que está acontecendo naquele momento.


O “O Que” é a expressão do tempo: ele não existe em si mesmo, mas como percepção de variações — diferenciais de energia e ativação.

O tempo é o movimento entre dois estados — entre o que era e o que se tornou.


Assim, o Estar é tempo que se organiza como fazer. Cada Eu é uma pequena onda no campo do Ser — um evento metabolizado que nasce, cumpre sua função e se dissolve.


3. Conflito Epistemológico: A Perda do Todo ou da Parte

A neurociência cognitiva enfrenta o mesmo dilema filosófico entre Ser e Estar:


Técnica Captura Limitação

NIRS O onde: espacialidade da consciência Falta de sensibilidade temporal

EEG O que: temporalidade das funções Pouca definição espacial anatômica


O tempo é gerado pelas oscilações do Eu, mas o Ser é Atemporal.

Quando não há recorte, não há tempo — há apenas presença.


Essa tensão não é apenas metodológica, mas ontológica:

A ciência hesita entre captar o território da consciência (Ser) e o evento da função (Estar).


Modo de Ser Neuroexistencial

O Ser é a continuidade interconectada — um espaço sem tempo, onde o corpo se percebe sendo.

O Estar é um evento no tempo — um Eu que emerge como solução funcional para uma tarefa.

O tempo, aqui, é apenas a percepção da diferença entre o que se atualiza e o que repousa.


Conclusão Integrativa: Unir NIRS e EEG, Ser e Estar

O NIRS mapeia a paisagem: o território energético e hemodinâmico do Ser.


O EEG registra o acontecimento: o fazer elétrico de um Eu.


O tempo só existe onde há diferença. O Ser profundo não tem tempo — apenas presença.

O Estar é o recorte que cria o tempo.

Unir os dois é compreender a consciência como um ciclo vivo de oscilações no corpo-território.


The Great Conflict Between Being and Existing - A Bio-Phenomenological Ontology

El Gran Conflicto de Ser y Estar - Una Ontología Biofenomenológica

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O Grande Conflito de Ser e Estar

Sentimentos Metacognição e Sincronização Espiritual

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Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States