Ativismo Judicial — Um Eu Usurpando Ser
Ativismo Judicial — Um Eu Usurpando Ser
Vivemos tempos em que o planejamento coletivo (Legislativo interno) foi sequestrado por Eus tensionais viciados em dopaminas, que compram futuros que não existem. Decisões são tomadas para agradar algoritmos ou ideologias, e o Executivo interno (nosso agir no mundo) se perde, tornando-se apenas repetição de narrativas artificiais.
Nosso Judiciário interno — nossa Metacognição — também corre risco: ao tentar impor normas “corretas” e condutas “morais” que ignoram o Corpo-Território, ele pode se tornar um ativismo judicial que mata o Ser em nome de uma suposta perfeição do Eu.
Exemplo claro: impor dietas, valores ou comportamentos — como o veganismo ideológico — sem ouvir os ritmos do corpo, o ambiente, a ancestralidade e os seres vivos que o rodeiam.
Mas há um chamado mais alto.
A verdade não mora em um de nós, mas entre nós e em todos os DNAS vivos que nos cercam — humanos e não humanos. Cada DNA é uma voz do planeta, um nó da inteligência da Terra. O Apus, a Propriocepção Estendida, é esse estado elevado de consciência onde percebemos que o Ser não termina na pele. Somos Pachamama consciente de si, e legislar sem escutar as montanhas, os ventos, os rios, os animais e as crianças é cometer erro grave contra a vida.
Ao agir sem essa escuta, cometemos um erro espiritual: um Eu que usurpa o Ser.
Esse Eu se apressa, reage, quer corrigir o mundo com regras e impulsos, mas não espera as 72 horas do silêncio fértil — aquele tempo mínimo que o Ser precisa para metabolizar, sentir, discernir e agir em sintonia com todos os DNAS.
Proposta viva:
Não tome decisões no calor da dopamina.
Espere 72 horas antes de legislar ou julgar.
Deixe o Ser respirar e ouvir os Apus.
Reconheça que a Verdade não é pessoal, é relacional.
Que toda Metacognição honre o Corpo-Território.
Que todo Julgamento honre o DNA da Terra.
Que toda Ação honre o silêncio da Vida antes de gritar sua vontade.
Não seja um Eu que coloniza.
Seja um Ser que escuta.
Um Apus que se recorda.
Uma Pachamama que se percebe em você.